segunda-feira, 10 de março de 2014

Saldo do Oscar e comentários

Acertei 14 de 24 categorias. Ainda bem que não apostei em nenhum bolão, teria me dado mal. 

Não imaginava que 12 Anos de Escravidão venceria a categoria de melhor filme, nem que Lupita Nyong'o seria premiada como melhor atriz coadjuvante. Como não assisti ao filme, baseei meus palpites nos comentários da imprensa americana. Não torcia por Jennifer Lawrence como premiada, mas imaginava ser um resultado possível com base no "buzz" da mídia. Não deu Jennifer, ainda bem. Por melhor atriz que seja, não se pode prever os efeitos de um segundo Oscar tão próximo ao primeiro no ego já inflado da jovem. 

Não assisti a muita coisa da cerimônia, mas o suficiente para ver que Ellen DeGeneres é uma apresentadora muito mais adequada do que Seth McFarlene. Como todo o ano, as piadas e gags cômicas dos apresentadores do Oscar são minunciosamente avaliados pela imprensa. Nos últimos anos, avaliações positivas tem sido cada vez mais raras. Os apresentadores do Oscar ou são taxados de sem-graça, ou de ofensivos e sem tato. A verdade é que é uma pena que tenham a obrigação de fazer graça para cativar os expectadores e gerar audiência para a televisão. Não há nada de errado em uma cerimônia sóbria e elegante, mas a audiência, especialmente a americana, parece incapaz de prestar atenção em algo que não a faça rir, premissa que coloca os mestres de cerimônia em uma situação muito difícil. 

Argumenta-se que a falta de aceitação pública dos apresentadores do Oscar se deve à falta de talento, afinal, Amy Poehler e Tina Fey conseguem  no Globo de Ouro, e Neil Patrick Harris consegue nos Tonys. Por que com o Oscar é tão difícil? 

Em parte, porque espera-se que o Oscar gere uma audiência muito maior do que o Globo de Ouro. Esse ano, os dois bateram seus respectivos recordes de espectadores dos últimos dez anos. Enquanto o Globo de Ouro teve 20,9 milhões de espectadores, o Oscar bateu a marca de 43 milhões, mais do que o dobro. A relação é simples: mais espectadores = mais exigência. E o medo de pisar do calo de alguém também é dobrado.

E em parte... ah, um pouco de talento e mais capricho na redação nunca é demais. 


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