domingo, 30 de setembro de 2012

Ted



A ligação entre uma criança e seus brinquedos pode ser muito forte, mas quando um brinquedo em especial ganha vida e torna-se o único amigo de um garotinho de sete anos, eles podem acabar ligados para sempre.  Parece muito bonito, não? Agora inclua nesse argumento muitos palavrões, consumo explícito de drogas e algumas pesadas referências a sexo e você terá o enredo básico de Ted.

Com direito a narração com a voz grave e profunda de Patrick Stewart, a abertura do filme mostra como John Bennett ( Bretton Manley, John criança) desejou que seu ursinho de pelúcia ganhasse vida, no que foi atendido por uma estrela cadente. Ted (Seth McFarlene) torna-se assim uma celebridade, pois todos querem ver o brinquedo que anda e fala, mas nunca deixa de ser o melhor amigo de John. Os dois crescem juntos e mesmo que John (Mark Wahlbergh, John adulto) tenha trinta e cinco anos e divida o apartamento com sua namorada Lori (Mila Kunis), Ted continua lá.

John, Ted e Lori: um triângulo entre um adulto, sua namorada e sua infância, que nesse caso, anda e fala. 

Ex-celebridade esquecida, Ted não tem emprego e passa o dia consumindo drogas, assistindo a televisão e arrastando John para sua vida de marasmo. Lori, surpreendentemente, aceita muito bem a “vela” que Ted acaba sendo em seu relacionamento com John. Uma noite, porém, em que ele não consegue dormir sem seu ursinho, Lori decide dar-lhe um ultimado: ou ela, ou Ted.

Dos criadores do seriado animado Uma família da pesada, o filme é dirigido por Seth McFarlene, que além de participar do roteiro, também “interpreta” Ted. As cenas em que o ursinho estaria presente foram gravadas com Seth atuando fora de quadro, assim, seus movimentos serviram de base para a animação digital que deu vida ao brinquedo.

Ted e o deputado

A graça de Ted é justamente ser subversivo, polêmico. O Deputado Prótogenes Queiroz (PcdoB – SP), contudo, levou a polêmica um nível acima, manifestando sua insatisfação com o filme em sua conta no twitter. Após chegar ao exagero de dizer que iria pedir a retirada do longa dos cinemas, o deputado retrocedeu e disse que iria pedir uma alteração na classificação indicativa de Ted. O que deixou o deputado tão irritado foi ter levado seu filho de onze anos para ver o filme “do ursinho” e assistir ao personagem consumindo drogas, falando palavrões e fazendo gestos obscenos.

Acontece que a classificação indicativa de Ted não está errada. Essa classificação é feita pelo Ministério da Justiça com base em uma tabela já constituída. Ela serve de guia para que os pais avaliem o que seus filhos estão ou não preparados para ver.

Ted ficou com a classificação “Não recomendado para menores de 16 anos”, que indica que o filme contém: “conteúdos mais violentos ou com conteúdo sexual mais intenso, com cenas de tortura, suicídio ou nudez total”. E essa classificação não fica escondida em um canto, ela fica sempre exposta juntamente ao cartaz do filme. Desnecessário dizer que a classificação não foi mal feita, é necessário apenas que os pais a observem com mais atenção.


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