quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Desfrutar, perdoar, evoluir.

Os seres humanos são movidos pelos mesmos interesses, problemas, e questões existenciais em qualquer lugar do mundo. É essa a verdade que abre o filme Comer rezar amar, baseado no livro homônimo de Elizabeth Gilbert.

Apesar disso, Comer rezar amar traz mais do que as verdades óbvias que estamos acostumados a ler nos livros de auto-ajuda. O fato de ser baseado na experiência real da autora nos leva a ver os problemas e as soluções por sua ótica. Não sei como isso ficou no livro, mas no filme, entender os problemas pela ponto de vista de Elizabeth (Julia Roberts) e caminhar com ela em busca das soluções é uma experiência envolvente e – por que não – iluminadora.

Julia Roberts e Javier Bardem em Comer rezar amar

Em relação aos aspectos técnicos, não há muito o que se falar. A fotografia e a direção de arte mudam para ressaltar as diferenças entra cada um dos países pelos quais Elizabeth passa. Primeiro, os Estados Unidos, sua terra natal, apresentado de forma mais acinzentada; é onde surgem os problemas. Em seguida, a Itália, apresentada em luzes amareladas e tons que remetem ao vinho; é onde ela encontra bons amigos e aprende a curtir a vida. Depois, a Índia, com destaque ao colorido das roupas; é onde ela aprende a perdoar. Por fim, Bali, em que predominam os tons de verde e azul; é onde ela aprende a amar, de novo.

Julia está linda no papel principal, mas sua atuação é regular, não é ruim (jamais, é Julia Roberts, pelamor de Deus), mas não chega a ser marcante. E Javier Bardem, apesar de incrivelmente sexy no papel de Felipe, tem dificuldades em convencer o público brasileiro de que, bem, é brasileiro. Nada disso, porém, diminui a beleza do filme.

Fica um aviso: Mulheres, cuidado ao levar seu namorado/marido/ amigo com você. Ele tende a dormir durante a sessão como uma maçã tende a cair no chão após ser arremessada para o alto. Eu acho que as lições de vida são válidas para ambos os gêneros, mas tente convencer a sua companhia masculina – e depois me conte como foi.

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